Legal, muita coisa, esse foi só o primeiro dia. O segundo dia a gente chama de remix. Remix nada mais é do que trazer referências do mercado que resolvam já o problema. Então, não necessariamente precisam ser do mercado do cliente, à s vezes você pode pegar e estudar outros mercados: um hospital, uma escola que faz a mesma coisa, que resolve o problema de uma forma bem legal, que a gente poderia utilizar no nosso trabalho. E a parte de benchmarks, ela tem uma segunda parte que, depois que a gente mostra as inspirações, a gente vai para ideação. Então, lembra que eu falei que no primeiro dia a gente não iria falar sobre solução, a gente não iria idear? Nesse dia sim. Nesse dia é que as pessoas vão conseguir botar as ideias que elas têm para tentar resolver o problema no papel. O Lucas Otsuka falou no outro vÃdeo pouco sobre Brainstorming e sobre o Crazy Eights e aqui, no design sprint, a gente usa essa parte de ideação que chama ideação de quatro etapas que tem o Crazy Eights envolvido. A primeira etapa a gente chama de notas. Então, discutimos muito sobre o problema no primeiro dia e seria legal você fazer uma sÃntese: cada um pegar papel, uma folha A4, e anotar o quê que acha de mais importante, como poderia resolver, o trabalho individual. O Lucas comentou: o Brainstorming é uma coisa mais colaborativa e o Crazy Eights é individual. Esse sketch quatro etapas é totalmente feito individualmente, você não vai discutir com ninguém, é você com você. Depois que você anotou os pontos mais importantes, você vai para uma segunda etapa, que é a etapa de ideias. Eu fiz resumo já do meu problema, eu vou para uma parte de ideias que é pegar esses pontos-chaves e tentar já criar algumas soluções para resolver o problema. Depois que eu fiz algumas ideias, eu passo para o Crazy Eights, que o Lucas explicou com mais detalhes, que é você pegar uma folha A4, você dobrar em oito pedaços e em oito minutos tentar criar oito variações de ideias para resolver o mesmo problema. Depois que a gente passou pelo Crazy Eights, a gente passa para a última etapa, que é o sketch da solução. O sketch da solução nada mais é do que pegar a sua melhor ideia do Crazy Eights e transformá-la numa história. Então, numa outra folha A4 você pega post-its, três post-its e os coloca embaixo do outro do lado esquerdo e do lado direito você deixa em branco. Nestes post-its você vai desenhar, como se fosse uma história mesmo, contando fluxo de como você resolveria o problema e, ao lado dos post-its, você vai descrevê-los com mais detalhes. Essa folha você não vai colocar o seu nome. Não é o objetivo identificar que essa é a sua ideia, até porque o próximo dia, no dia três do sprint, a gente vai votar nas ideias e a gente quer deixar de forma anônima para não enviesar na hora de votar. Talvez o decisor ganhe mais votos ou não. A gente prefere deixá-la sem nome. Você só vai botar um nome para a sua ideia, nome criativo. O dia três é o dia da decisão. Nós criamos várias ideias para sketch da solução, então a gente vai colocar todas elas na parede, como se fosse museu de arte. Depois que a gente colocou todas essas ideias, a gente vai votar. A gente também, com a ideação quatro etapas, aqui a gente tem a votação em quatro etapas. A primeira etapa, a gente vai fazer o mapa de calor: as pessoas em silêncio vão ver as ideias, vão pegar umas bolinhas e vão colocar, pontos da ideia ou na ideia inteira, o que achou mais interessante, que poderia resolver o nosso problema. As bolinhas são ilimitadas, então realmente no final dessa dinâmica, você vai ver que há partes da história ou a história inteira que tem mais votos que a outra, ela vai ficar cheia de bolinhas. A segunda etapa seria a enquete. A enquete nada mais é que discutir as ideias e depois cada um vai pegar um grão de voto e vai votar numa ideia ou momento da ideia e depois vai falar o motivo por que votou nessa ideia. No final a bruxa, que a gente brinca assim, fica com o decisor. O decisor que vai falar assim: "Gente, legal", a gente já o ajudou a ver quem tem mais votos, quais foram mais bacanas e ele vai falar assim: "Gente, eu acho que eu gostaria de testar essa ideia, esse sprint que eu acho é mais arriscado, a gente tem mais chance de, se a gente fosse desenvolver a gente poderia gastar muito dinheiro e não poderia dar certo. Eu queria ver no protótipo, se isso vai dar certo". Às vezes chegam alguns momentos que você vai ter mais de uma ideia muito bem votada, ter empate ou teve uma só que ganhou. No caso de empate, a gente tem que ver se a gente consegue separar as ideias ou juntá-las numa única ideia. Se a gente tiver que separar, a gente vai ter que fazer dois protótipos e isso vai dar um pouco mais de trabalho. Depois que a gente tem as ideias vencedoras, a gente passa para a parte de storyboard, isso no mesmo dia. O storyboard, eu não sei se vocês já viram como as pessoas da Pixar ou da Disney fazem os seus desenhos. Eles criam telas por telas e vão desenhando para ver se há algum furo na história final e aqui é o que a gente vai fazer também. Com a ajuda de todo mundo na sala, a gente vai desenhar fluxo que a pessoa que vai testar vai ter na mão no aplicativo. Isso vai ajudar muito a pessoa que vai criar o protótipo também. Então, na primeira ele vai receber um e-mail, na segunda tela ele vai abrir esse e-mail, nesse e-mail está escrito o quê. Todo mundo na sala vai criar o copy, que é o que vai estar escrito, imaginar como vai ser já a arquitetura desse aplicativo ou dessa solução que você estiver criando e a gente vai conseguir ver direitinho ponto a ponto da história. Esse então é o dia três. No dia quatro é trabalho já mais braçal, é pegar tudo o que foi feito e usar algumas ferramentas para criar o protótipo de alta fidelidade. Essa é uma parte legal que a gente tem que dividir as atividades: alguns designers vão trabalhar no protótipo, enquanto vai criando as telas, outro vai pegando Ãcones, vai pegando imagens, até para adiantar o processo. A gente já fez o copy no outro dia, mas vai ter que ser refeito, vai ter que dar uma olhada. O cliente pode participar desse dia também ajudando no protótipo. Normalmente isso fica muito trabalho da Taqtile de fazer o protótipo, mas fica aberto, sempre tem um convite para as pessoas participarem. Enquanto a equipe de design fica fazendo o protótipo, uma outra equipe do sprint vai cuidando do recrutamento. Então, já foi enviado questionário para recrutar as pessoas e aà a gente tem que filtrar para saber se essas pessoas encaixam no nosso perfil ou não e também ver se elas têm algum horário disponÃvel para participar do teste de usabilidade. Isso foi feito durante toda a semana, mas eu estou explicando aqui para ficar um pouco mais fácil. Outra coisa interessante que a equipe tem que fazer é um questionário para ser aplicado no dia do teste de usabilidade. Então, o quê que a gente gostaria de saber com mais profundidade dessa pessoa. Além disso, também fazer tarefas para a pessoa que vai ser testada usar o aplicativo para ver se a gente consegue testar as nossas hipóteses e ver se tem alguma coisa que não ficou muito clara para o usuário. Depois disso, a gente tem o último dia, que é o dia do teste de usabilidade. Teste de usabilidade, a gente divide em duas partes: primeira parte com perguntas contextuais para você quebrar o gelo, conhecer um pouco a pessoa, entender como que é a rotina dela, alguma coisa que gente não vai conseguir identificar usando só o protótipo. A segunda parte é o protótipo. Então, a gente vai colocar na mão o que foi criado durante toda essa semana, o que foi planejado e ver se ficou fácil de mexer ou não com o script, questionário que a gente tem. A gente vai dar algumas tarefinhas para ela e a gente sempre pede para ela falar em voz alta o que ela está pensando, o que ela está fazendo. Deixar bem claro que a gente não está testando-a e sim a gente está testando esse protótipo que foi criado. A gente quer que ela seja o mais honesta possÃvel e ajude a gente a melhorar o nosso produto. Enquanto isso, enquanto uma pessoa estiver entrevistando o usuário, na outra sala a equipe de sprint está assistindo o que está acontecendo na sala. Então, está sendo transmitido o teste de usabilidade e as pessoas na outra sala estão anotando, discutindo sobre o que poderia ser melhorado já e criando uma série de post-its, que eu até botei aqui do lado para vocês verem como é que fica normalmente a nossa sala durante o teste de usabilidade. No final, a gente consegue depois pegar todas as anotações dos cinco, seis usuários que a gente entrevistou e criar padrões. Esses padrões são bem interessantes, que vão se repetir durante o teste de usabilidade. Você fica até pouco desesperado no começo, porque você entrevista uma pessoa e acontece uma coisa, você não está esperando que vai acontecer, aà a segunda acontece outra, mas o terceiro, quarto, quinto começam a ficar pouco mais repetitivos e você já sabe que você precisa ser melhorado, você não pode alterar nada na hora do teste para não enviesar e não criar alguma coisa diferente. Mas fica tranquilo que depois você faz as suas alterações, você testa de novo. Mas é legal ver isso que à s vezes você tem uma coisa na sua cabeça que você acha que vai funcionar e no final não, o usuário está pensando em outra forma. Isso que é o rico de você não sair desenvolvendo já um projeto da sua cabeça sem fazer o teste. É muito valioso para você ver que você poderia ter gasto um dinheirão e iria ter dado errado e você teria que ter refeito todo esse processo. Então sempre algumas coisas vão funcionar, também não é tão pessimista assim, mas outras não. Isso é ok, você tem que ficar tranquilo, porque, de novo, se você fosse para desenvolvimento, iria demorar muito tempo para DEV e, quando você está DEV, você não consegue voltar para trás, é muito difÃcil, muito custoso e você poderia não ter métricas legais de se ter medidas. Por isso é que eu falo que o sprint é tão valioso, porque você testa e consegue já ter resultado, vez de você partir já para uma solução direto. Depois que você termina o sprint, não quer dizer que acabou e você não precisa mais usar o sprint. Esse é um processo interativo, então você terminou, você o refaz, você já faz alguns ajustes e não precisa demorar mais uma semana, pode demorar menos tempo. Inclusive aqui na Taqtile muitas vezes a gente faz testes, designs sprints até maiores, de duas semanas, porque a gente tem uma etapa anterior de pesquisa. Ou o cliente à s vezes não entende muito bem do negócio dele ou não entende muito do usuário dele, então a gente faz uma etapa de pesquisa e depois design sprint. A gente tem os livros do design sprint, do Google Venture, a gente tem os outros livros também que falam um pouco sobre design sprint, mas você não precisa seguir à risca, ele é processo que você pode fazer como for melhor para o seu negócio ou para a sua necessidade, você pode adaptá-lo. Então, eu espero que vocês tenham aprendido pouco mais sobre o design sprint e qualquer dúvida vocês podem entrar contato que eu conserto. Obrigado.