Assim como os demais elementos envolvidos no ensino híbrido que vimos na
introdução do curso, o papel do professor é uma engrenagem muito importante.
Precisamos refletir sobre o seu papel para que todo o conjunto funcione de forma
coordenada em direção ao ensino personalizado.
Para darmos início, convido dois professores do nosso grupo de
pesquisa-ação, o Professor Leandro e a Professora Flávia.
Você poderia começar Leandro?
>> Claro Adolfo.
Começo então com uma questão para você que está nos assistindo.
Já parou para pensar que o papel do professor está intrinsecamente
relacionado com a evolução da informação na sociedade?
Por exemplo, há poucos séculos houve aumento do volume das
informações e conhecimentos produzidos e foram-se acumulando nas bibliotecas,
o que fez surgir a necessidade de mais professores preparados
para levar tudo isso à sociedade.
Naquela época, os professores eram tutores munidos de elevado conhecimento,
que era obtido pela leitura silenciosa de muitos e muitos livros.
A prática de ensinar era baseada no que o tutor acreditava ser importante,
filtrando toda a informação que seria repassada ao estudante.
Com o desenvolvimento da tecnologia,
mudou a forma de produzir e acessar a informação.
Foi a partir de 1994 que a Internet começou a ganhar espaço
nos computadores domésticos em escala global.
Assim, nessas últimas duas décadas muitos softwares, site, plataformas
em redes sociais foram criados, facilitando a autoria de informação.
Hoje em dia, podemos expôr nossos pensamentos em blogue, mostrar nossas
ideias em vídeos, e até mesmo opiniões em 140 caracteres, como no Twitter.
A forma como temos acesso à informação foi facilitada, nos dias de hoje podemos
acessar rapidamente livro do celular, em qualquer lugar, a qualquer momento.
E claro, com as tecnologias digitais fazendo parte das atividades diárias, os
professores também buscaram levar alguns recursos digitais para a sala de aula.
Em muitas escolas, os professores não utilizam mais o quadro de giz,
usam projetores digitais para trazerem as suas apresentações.
Porém, a presença de outras mídias na sala não trouxe mudanças profundas para
todos os professores.
Em alguns casos,
a prática pedagógica continuou centrada na exposição de conteúdo pelo professor.
Mesmo com a tecnologia, algumas salas de aula continuam ultrapassadas.
Como já vimos, alunos aprendem em tempos diferentes,
e as necessidades de aprendizado não são as mesmas.
O desafio é mais do que uma mudança de postura, é preciso buscar novos caminhos.
Desses caminhos é o que propõe nosso curso: o ensino híbrido em busca de
ensino personalizado.
Não é mesmo Flávia?
>> Com certeza Leandro.
Nessa proposta de ensino, você deixa de ser o orador e passa
a intervir pontualmente nas dúvidas e dificuldades dos alunos.
Professores que se permitiram agir diferente,
buscando como aprender e como ensinar neste modelo,
garantem que a tarefa não é fácil, mas com certeza ela é possível.
É preciso saber combinar as atividades presenciais que estimulam a colaboração
entre alunos e a valorização e humanização da relação professor/aluno.
A Professora Allison, de uma escola do instituto de 'iii', na Califórnia,
Estados Unidos, organizou o espaço de sua sala de aula com várias abordagens
pedagógicas, e estimulou diferentes habilidades em sua turma.
Vamos ouvir o seu depoimento.